sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Perfis dos jogadores no Brasileirão 2008

Análise por função dos principais atletas das 20 equipes que disputam a Série A do Nacional


Ricardo Villaça



Iniciada a segunda etapa do campeonato Brasileiro, tem-se até o momento uma fonte riquíssima de material de estudo e pesquisa. Cada partida de futebol gerou cerca de 1.500 informações com uma riqueza de detalhes que revelam dados, tais como zona de campo de maior ação de cada atleta, fundamento aplicado em cada ação, etc.

Nesta avaliação, foram considerados os 461 atletas que disputaram ao menos 225 minutos e, com isso, chegou-se a cinco perfis de jogadores e algumas informações:

1. Perfil Ataque – 72 jogadores
2. Perfil Combate – 115 jogadores
3. Perfil Atuante – 67 jogadores
4. Perfil Pouco Ofensivo – 110 jogadores
5. Perfil Pouco Defensivo – 97 jogadores


Os jogadores com perfil de “ataque” são aqueles que, independente de sua posição oficial, têm, em média, 27% de chances de fazer um gol por jogo. Alguns chegam a ter mais de 80%. E ademais de suas características ofensivas, com a ajuda da ciência, é possível, através de um treinamento personalizado, ampliar ainda mais suas capacidades.


Por exemplo, além de aumento de pontaria, para alguns é necessário melhorar o posicionamento e a assertividade de passes ou mesmo aproximá-lo de atletas que ampliam suas capacidades. São jogadores como Reinaldo, do Grêmio, Keirrison, do Coritiba, Washington, do Fluminense, Kléber Pereira do Santos, Marcinho, do Flamengo – que deixou uma marca impressionante: tinha 77% de chances de marcar um gol em cada partida –, Alex Mineiro, do Palmeiras, Guilherme, do Cruzeiro, Dinei, do Vitória, Edmundo, do Vasco da Gama e Andre Lima, do São Paulo.


Os jogadores do perfil “combate” são fortes em desarme incompleto e completo, em faltas recebidas e cometidas, bolas recuperadas e bolas interceptadas e também em cartões amarelos. São eles: Ramires, do Cruzeiro, Rodrigo Mancha, do Coritiba, Renan e Willians Santana, ambos do Vitória, Marquinhos, do Figueirense, Rubens Cardoso, do Coritiba, Alan Bahia, do Atlético-PR e Magrão, do Internacional. Só têm 4% de chances de gol, por jogo.


Já os jogadores “atuantes” são aqueles que fazem bastante de tudo. E esta é sua especialidade: dinamismo e movimentação. Têm, em média, 12% de chances de gol por jogo, chutam a gol, combatem, driblam, dão assistência, recuperam bola, fazem cruzamentos, etc. Marques, do Atlético-MG, Rodrigo Mendes, ex-Grêmio, Ruy, do Náutico, Edno, da Portuguesa, Fumagalli, do Sport, Itaqui, do Náutico, Anderson Pico, do Grêmio e Wagner, do Cruzeiro.

Os outros dois perfis são compostos por 207 jogadores que pouco fizeram até agora no campeonato. E por questões de preservação, não cabe aqui revelar nomes.


É interessante também destacar que dos 461 jogadores analisados, cerca de 5% têm acima de 50% de chances de fazer um gol por jogo, como mostra o gráfico a seguir.




Em todos os jogos, as maiores ocorrências, em campo, foram bolas interceptadas, dribles, chutes errados a gol, chutões e bolas perdidas.


No próximo artigo, os perfis encontrados serão confrontados com as composições das equipes, onde, então, poderá se perceber o real poder das equipes dentro de campo.

Nenhum comentário: