O presente artigo objetiva analisar o nível de ansiedade-estado pré-competitiva em goleiros de futsal. A população estudada é composta por atletas do “Campeonato Estadual da Série Ouro 2003” (RS), sendo que a amostra consiste em 24 goleiros (12 titulares e 12 reservas), com idade média de X=24 anos e 5 meses, +ou- 5.2 anos, e com coeficiente de variação CV=21.2%; com experiência em competições de alto nível em média de X=7 anos e 2 meses, +ou- 4 anos, e coeficiente de variação CV=55.6%, que estão atuando no futsal do Rio Grande do Sul.
Para esta pesquisa aplicou-se um questionário exploratório contendo questões de identificação dos goleiros, a existência de psicólogo na equipe e de possíveis técnicas usadas para o controle da ansiedade. Para a identificação do nível de ansiedade-estado aplicou-se o questionário IDATE de Spielberger, 50 minutos antes de algumas das partidas classificatórias da Série Ouro 2003.
Os resultados mostram que apenas 25% das equipes possuem o auxílio de um profissional de psicologia; 50% dos goleiros da amostra usam técnicas para controlar a ansiedade, dentre estes 50% utilizam a meditação; 16,67% fazem uso de filmes e palestras e 33,33 utilizam músicas, descontração, leituras e relaxamento. Em resposta ao IDATE observou-se que 70.8 %, 17 goleiros (8 titulares e 9 reservas) possuem ansiedade-estado pré-competitiva baixa; 29.2%, 7 (4 titulares e 3 reservas) possuem ansiedade/estado média, nenhum com ansiedade-estado pré-competitiva alta.
Percebe-se que a situação de reserva ou titular parece não ser determinante no nível de ansiedade-estado dos goleiros da presente amostra. Verificou-se que os goleiros com maior idade, quando comparados com seu respectivo companheiro de equipe, possuem menos ansiedade-estado em 92% dos casos, e ainda em 83% da amostra, os goleiros com mais experiência possuem menor ansiedade-estado que seu companheiro de equipe.
Parece razoável sugerir que a situação de reserva ou titular dos goleiros da amostra não é determinante no nível de ansiedade estado pré-competitiva. Algo que parece ter influência no nível de ansiedade é a idade do atleta e seus anos de experiência no esporte e em disputa de competições, nota-se então, segundo a amostra e a literatura pesquisada que indivíduos com pouca idade e pouca experiência merecem mais atenção e melhor preparação psicológica que atletas mais experientes.
Autor: Tolentino Ribar Pasetti & Ben - Hur Soares
Universidade de Passo Fundo - UPF; Universidade do Contestado - UNC - Concórdia - Brasil - SC
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