Se você ainda não consegue medir a intensidade do seu esforço durante os treinos e não consegue se adaptar aos freqüencímetros, o teste da conversa pode ser uma ótima alternativa.
O teste da conversa é um dos tipos de auto-avaliação mais simples e indicados para quem está começando a praticar qualquer tipo de exercício físico, em especial os que requerem fôlego, como a corrida. Isso porque ele ajuda a determinar os níveis de esforço e a controlar até onde você pode chegar para se manter- bem durante a corrida.
Quando é possível estabelecer uma conversa com a pessoa ao lado durante a atividade física significa que o ritmo e a freqüência cardíaca da atividade estão nos níveis ideais. É claro que quanto maior a velocidade e o esforço, mais difícil será estabelecer um diálogo. Mas enquanto for possível falar sem se sentir desconfortável, você pode continuar.
A assistente de negócios Karina Paulo Hessel, 27, costuma correr na esteira três vezes por semana e adota o teste da conversa para controlar a intensidade de seus treinos. “Sempre vou para a academia com uma amiga e costumamos falar bastante enquanto corremos. Assim, consigo controlar meu fôlego, aumentando e diminuindo a velocidade de acordo com a conversa”, conta.
Karina diz também que foi um instrutor da academia quem lhe deu a dica, depois de perceber que ela não se adaptava bem ao frequencímetro. “Eu ganhei o aparelho, mas não me senti confortável com ele. Comentei com um dos professores de musculação e foi ele quem me falou sobre o teste da conversa. No início, pensei que não funcionaria e, hoje, a técnica faz parte da minha rotina de treinos”, garante.
De acordo com pesquisas, há referenciais estabelecidos por testes de ergometria para indicar um nível ideal para o teste. Deve ser de média intensidade, com os batimentos cardíacos mantendo-se entre 65% e 75% da freqüência máxima. E é claro que tudo vai depender do preparo físico e do condicionamento individual de cada pessoa para que o limite oscile ou mantenha-se entre estes valores.
Alguns especialistas acreditam que o método é subjetivo para avaliar o ritmo ideal de um indivíduo em atividade, e não tem base de avaliação física. No entanto, para quem não consegue se adaptar ao uso de aparelhos que medem a freqüência cardíaca ou para os que têm dificuldade em medir seus batimentos, a técnica é uma opção eficiente.
Revista O2
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